Cientista político explica como deve ser o comportamento do eleitor paraibano em 2018 diante da crise política



Diante da falta de credibilidade dos políticos, a saída para os candidatos que irão buscar um mandato em 2018 será a boa avaliação pessoal. Especialistas acreditam que os indivíduos vão assumir protagonismo até maior do que deveriam. Em meio aos escândalos de corrupção, em que até o presidente da República é acusado de receber propina para favorecimento de grupos empresariais, os eleitores irão priorizar as qualidades de cada candidato, sem observar, necessariamente, a qual legenda ele é filiado.

Segundo o professor e cientista político Fábio Machado, evidências mostram que em função da inércia dos partidos perante a população enquanto instituição, as pessoas devem votar em quem conhecem, optando assim pelo individualismo. “Os eleitores irão adotar critérios personalíssimos para escolher o seu candidato nas eleições do próximo ano. Vão analisar a vida do cidadão para então confiar o voto”, disse.

O professor lembra que isso acontecerá pelo distanciamento dos partidos. De acordo com ele, é preciso que as legendas se reinventem, que mostrem mais interesse com pautas constantes de proximidade junto da população. “O tempo até a eleição do próximo ano é curto, mas vale a pena iniciar imediata mente uma reformulação de quadros e principalmente de pautas para serem trabalhadas com o povo”, afirmou.

Outro ponto destacado pelo professor para que os partidos ganhem um pouco mais de confiança dos eleitores, é quanto a filiação partidária. Ele acredita que é preciso ampliar o processo de oxigenação das siglas. “Vemos que esses partidos são formados na sua maioria por caciques antigos, por famílias. É preciso colocar gente nova, apostar na juventude e em pessoas que tenham trabalhos e compromissos sociais”, explicou.

Redação 

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